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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Fada das Noivas Descontroladas

Fada das noivas descontroladas




Aposto que você está achando uma viagem esta história de “Fada das Noivas Descontroladas”. Está duvidando, inclusive, que ela sequer exista. Se ela existe ou não, o que eu vou dizer é sério: para mim, ela funcionou e eu vou explicar.

Quando eu choro, não é como na novela, em que as pessoas derramam placidamente suas lágrimas sem sequer borrar um tiquinho da maquiagem. Na verdade, chorar assim acho que é só na novela, porque quando eu choro, é pra valer e eu fico “medonha” pra valer, do tipo de fazer noivo sair correndo do altar: os olhos incham, a boca incha, o nariz fica vermelho feito a roupa do Papai Noel. Sem contar que eu dou valor ao dinheiro, então, chorar toda linda, maquiada, no dia do seu casamento, é deixar o dinheiro ir literalmente por água abaixo.

Pois muito bem. Horas antes de entrar na igreja no dia do meu casamento, eu fiz um pedido à Fada das Noivas Descontroladas, para que só daquela vez me deixasse sair ilesa desse momento. Pois ela me atendeu.

Mas, não foi o dia do aniversário do meu casamento que me fez lembrar dessa fada louca que eu inventei. Foi algo mais recente: ver o meu marido cantar.

Ontem o Fernando cantou na missa, aqui em Bauru, na Paróquia de Santa Rita e fomos toda a trupe. Pois é. Sentada lá, ouvindo ele cantar, foi incrível perceber que, apesar de tantos anos, isso ainda mexe comigo. Fico nervosa, emocionada, com vontade de gritar: “Olha não que o bofe é meu!” (hoje não mais, afinal sou uma mulher casada, madura, blá, blá blá). Às vezes, sinto até vontade de chorar, e quem me conhece sabe, que, entre ter vontade de chorar e realmente abrir a torneirinha, é um passo muito, muito, muito curto. Ontem não foi diferente.

O mais engraçado é perceber que, apesar de eu não ser mais aquela Kátia de 13 anos atrás, nem tampouco ele ser o mesmo Fernando, eu ainda me sinto como aquela menina que ia ver o namorado cantar na igreja e ficava completamente extasiada, apaixonada.

Daí então que veio a lembrança da poderosa Fada das Noivas Descontroladas, afinal, num dos dias mais emocionantes na vida de uma mulher, entrar na Igreja com seu pai e ver seu futuro marido cantando pra você é algo impossível de explicar em palavras. Mesmo assim, a fada me ajudou, e eu me controlei.

Igual a uma artista de televisão, desfilei pela igreja, sorrindo para todos, escutando apenas ao fundo o chororô das minhas amigas e madrinhas (e de alguns marmanjos também).

Só que eu já aviso às meninas casadoiras que estão lendo este meu segredo que a Fada das Noivas Descontroladas pode ser poderosa, mas ela cobra prendas em troca de seus favores.

Desde aquele dia, sempre que eu ouço essa música, ou assisto as imagens do meu casamento e vejo meu marido cantando pra mim, eu ainda choro, como se ainda fosse 05 de dezembro de 1998. Mas vamos combinar que essa não é uma prenda difícil de pagar.

Esse texto é uma homenagem ao nosso aniversário de casamento e uma brincadeira para divertir os amigos que lá estiveram e que não me viram chorar (hehehehhe).