Hoje eu vou falar sobre essa qualidade que parece estar fora de moda. A boa educação. Quando eu falo em boa educação, não me refiro apenas aos atos de dizer com licença, por favor, obrigado. Falo também sobre pequenos gestos que, embora a muitos pareçam obsoletos, eu os considero prova irrefutável de pessoas bem educadas, como deixar uma mulher passar à sua frente, oferecer a cadeira para idosos, entre outras práticas que parecem estar cada vez mais ausentes na nossa sociedade. Prova disso é que cursos de etiqueta pessoal/profissional começam a ampliar cada vez mais o seu número de interessados, trazendo informações que dizem respeito, a meu ver, na maioria das vezes, apenas à boa educação, ensinamentos que deveríamos ter aprendido em casa.
Eu sou uma pessoa bem educada. Entre diversas qualidades que herdei de meus pais a educação é uma delas, a formação muito arraigada dos meus princípios, do que eu acho certo e errado. E talvez por ter sido assim, quando me deparo com provas de total desrespeito àquilo que aprendi com meus pais, o choque, a revolta e a decepção me atinjam de tal forma que chego a temer pelo futuro dos meus filhos, os quais procuro ensinar com os mesmos parâmetros que obtive da minha família.
No entanto, a vida nos traz prova que é possível acreditar na recuperação das pessoas, que seguem caminho contrário daquele que está sendo tomado pela nossa sociedade. São pessoas bem formadas, bem educadas, com pensamentos tão coerentes sobre sua forma de agir que me encantam, me conquistam e deixam meu coração aquecido por Deus ter me permitido encontrar tais exemplos em meu caminho.
Se começar a elencar a minha lista “aqueles de quem tenho orgulho de chamar de meu”, passarei o dia escrevendo, mas lembro de todas com tanto carinho que chega a doer. Algumas estão tão longe que apenas mato a saudades por e-mail. Outras estão mais perto, embora a ausência aperte mais, principalmente quando não as tenho junto de mim.
São pessoas bem educadas, bem formadas, com princípios muito semelhantes aos meus, tanto que nossa identificação é imediata. Seres humanos que, se fosse a mim permitido escolher, os teria ao meu lado sempre, num aprendizado que não cansaria nunca.
Amigos que nem sempre são valorizados como deveriam, mas cuja participação em minha vida são um bálsamo e um incentivo diário a ainda acreditar.
Estou certa que “aqueles de quem tenho orgulho de chamar de meu” às vezes são alvo da inveja, eu também o sou, afinal é muito mais fácil criticar quem procura fazer o certo do que mudar nossas atitudes para tentar fazer do mundo um lugar melhor.
Meus filhos, tenho certeza, um dia irão chorar com a decepção que a vida lhe demonstra com suas duras cores de realidade, mas rezo sempre que tenham ao seu lado outros tantos exemplos que os faça passar por tais percalços rindo daquilo que não tem remédio, um ajudando o outro a superar.
Dedico o blog de hoje àqueles de quem tenho orgulho de chamar de meu, meu marido, meus filhos, meus pais, minhas irmãs, meus amigos, novos e antigos, agradecendo a Deus por ter me dado a sabedoria de ter feito boas escolhas com o que cabe a mim conquistar e grande gratidão do que por Ele me foi me dado.
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